É o que dizem né: vaso ruim não quebra
Já dizia o ditado: quem é vivo sempre aparece. E eu, estou VIVA! Então, como esperado (pelo ditado) apareci: quase 3 anos depois e com a vida completamente mudada desde o último post. Eu recomendaria vocês se prepararem para o textão, porque dois anos é muito tempo e aconteceu tanta coisa que eu nem sei por onde começar. Vou tentar ir em ordem cronológica, risos. Como se trata da minha vida e da minha cabeça descaralhada, deixo aqui gentilmente também o aviso de gatilho. Powpowpow.
A real é que eu passei 2022 entre um momento e outro, tive várias crises, tanto depressivas quanto de ansiedade, surtei no meu trabalho, levei várias broncas e tentei meu melhor, mas o meu melhor não era o que a empresa esperava então deu um pouco ruim. Tentei me suicidar mais de uma vez naquele ano. Pensava em morrer todos os dias. Passava mal todo domingo à noite com a perspectiva de ter de levantar e começar a trabalhar. Foi uma época difícil.
Enfim, o ano chegou ao fim e meu 2023 começou com uma surpresa não tão surpreendente assim: eu fui demitida.
Não foi surpreendente porque realmente eu tava completamente abubublé das ideias, mas sinceramente eu esperava que tivesse sido de um jeito um pouco mais caloroso, porque basicamente eu só cheguei ao ponto onde eu estava por ter negligenciado minha saúde mental pensando nas rotinas da empresa. Depois dessa demissão, eu prometi a mim mesma nunca mais rifar minha saúde mental por emprego algum e posso dizer com orgulho que tenho mantido minha promessa (na maior parte do tempo; não sou perfeita).
Passei o primeiro semestre do ano quase todo desempregada. Tentei fotografar mas, como sempre, não tive o apoio de muita gente. Me desesperei, me senti inútil e senti que minha vida era vazia, mas eu tinha dado um passo importante: finalmente tinha voltado a tomar meus medicamentos. Continuei fazendo as lives do jeito que dava e então em maio recebi a notícia de que tinha sido contratada na nova firma.
E desde então a vida tem sido boa. Juro pra vocês. Além da medicação, comecei acompanhamento psicológico e tá sendo ótimo. 2023 terminou como um bom ano, mas 2024 foi incrível, mesmo com os momentos de baixa e o nome negativado no Serasa (risos nervosos).
Dentre todas as novidades, a novidade mais novidade das novidades: eu casei. Sim, meus amores, casei. Papel passado. Aliança no dedo. Certidão de casamento, vestido de noiva, festa caríssima que ainda to terminando de pagar, lua de mel em Paris: casada. Conheci a tão falada Cidade-Luz e é bonita como dizem, mesmo. Fui nos museus (British ainda é melhor que o Louvre :P), conheci Versailles, descobri que Marselha é pior que o Rio e comi muito taco francês (não pergunte). Espero poder voltar um dia, tem muita coisa que ainda quero fazer por lá :).
Estou bem na nova firma. As pessoas gostam de mim e o ritmo é beeem menos intenso do que no outro trabalho. Às vezes sinto falta das questões técnicas que eu tinha que resolver, mas como eu sou enxerida, sempre arrumo sarna pra me coçar nesse novo emprego. E tem o bônus de ser um trabalho em uma faculdade, que é um ambiente que eu amo.
Hayatinho está ótimo, sendo um fedorento de marca maior e agora indo pra creche. Ele chega em casa só o pó da rabiola e vai dormir, o que é bom mas também é ruim porque ele não dá muita bola pra mim quando eu encho o saco dele, o filho desnaturado.
Graças à terapia, estou dando uma desacelerada nos projetos de cosplay e eventos, e fazendo as coisas sem prazo pra terminar, me dando espaço e liberdade para aproveitar o processo criativo de fazer as roupas... E isso me fez me reconectar com o cosplay. Eu tinha perdido o prazer pelo hobby, continuando meio que porque é algo que eu gosto de fazer, mas dar essa parada me ajudou muito a compreender a razão de eu ter começado e me apaixonado tanto pelo hobby e pela comunidade. Estou há meses fazendo uma roupa, pra terminar quando der pra terminar, e eu não me divertia tanto fazendo um cosplay desde... sempre, eu acho? É difícil até mesmo colocar uma posição no tempo quando eu venho fazendo cosplay em modo de con crunch há tantos anos.
Bom, eu não sei se vou continuar escrevendo com frequência. Toda vez que prometo, acabo não cumprindo. Também não sei o que farei com esse espaço; já tentei tanta coisa que nunca foi pra frente que fica difícil definir o que fazer. Mas nesse processo terapêutico, aprendi que nem tudo precisa ter motivo, e que eu não preciso planejar minha vida inteira em questão de dez minutos.
Baby steps, Fuinha. Baby steps.
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