Era melhor ter ido ver o filme da Cinderela Baiana
COMO ESTÃO, BEBÊS DO CARNAVAL??? "Ai mas eu nem gosto de Carnaval, Fuinha" SHIU. NESTE BLOG GOSTAMOS DE PASSAR 5 DIAS SEM IR TRABALHAR ENTÃO TODO MUNDO GOSTA DE CARNAVAL!!!!! Hoje eu resolvi fazer essa resenha só porque eu queria postar algo, mas ando tão sem assunto que dá até pena. Pra fingir que eu tenho algum conteúdo pra gastar palavras com, vou falar então de uma obra que é definitivamente um dos filmes já feitos: O poço.
Sem ilustrações do filme porque sinceramente eu não vou me obrigar a ir atrás desse troço
O poço e sua sequência, O poço 2 são filmes produzidos pela Netflix Espanha lançados Em Algum Ano Aí™, do gênero terror psicológico e gore e embora fosse pra ser uma Puta Crítica Social Foda™ não entrega nem meio mousse porque o roteiro, os diálogos, a execução, o worldbuilding; enfim, tudo é construído firme e forte igual prego na areia e a impressão que dá é que o diretor só queria parecer muito inteligente fazendo um filme que falasse sobre as mazelas do capitalismo e como seria possível construir um mundo justo se as pessoas não fossem tão egoístas. Olha, Britto, sinceramente, era melhor ter parecido burro, mesmo.
Como diria Asguinha: "Patético"
O enredo mostra um cara acordando numa cela com um senhor chato que só a porra e começa a conversar com o senhor e meu deus que vontade de ir de arrasta. Logo de início percebemos que tem algo de errado, já que a cela tem um buraco enorme no meio -- buraco esse que parece não ter fim --, mas as coisas vão seguindo normalmente até o momento em que uma plataforma começa a descer e resumindo uns 10 minutos de cena, é uma plataforma que levaria a suposta refeição do dia dos moradores do Poço.
"Suposta" porque o mesmo banquete para em cada andar do poço, e as pessoas dos andares superiores vão comendo e assim sucessivamente até não sobrar nada (e não sobra nada muito rápido). Era pra ser uma metáfora sobre como as elites e classes dominantes ficam com tudo pra si e deixam nada para os pobres? Provável, mas é uma metáfora bem capenga.
O filme vai seguindo com dilemas morais, questionamentos filosóficos e outros papos existenciais, alguns episódios de canibalismo e uma revolução que dá errado e é isso. Um monte de gente morre no final, uma criança é encontrada no buraco e o filme acaba sem a gente saber nada sobre os personagens, sobre o poço, sobre a criança ou sobre a razão de termos nos submetido a duas horas desse inferno.
Tortura psicológica não é entretenimento!
Então, como desgraça a pouca é bobagem, optei pela ideia idiota de continuar assistindo à peça de ficção O poço 2 e é ainda pior. É ainda pior porque tem o triplo de potencial desperdiçado, o dobro de personagens carismáticos jogados fora e um tanto mais de situações absurdas que eu assisti o filme em velocidade x2 e ainda assim achei que foi muito tempo investido.
Na sequência do filme, somos apresentados a uma personagem feminina, num poço "reformulado" onde se criou uma espécie de "seita" que obriga as pessoas a comerem somente aquilo que disseram na entrevista de admissão ser o seu prato favorito da vida. Dentre muitas das coisas jogadas e não desenvolvidas nesse filme, temos uma pirâmide com crianças que são enviadas a cada ciclo para o nível 331 do poço (o nível mais baixo), o funcionamento dos bastidores do poço (nada é explicado, só jogado), pessoas ressuscitando, o fundo do poço (tem um fundo!!!); enfim, toda uma lore que poderia ter sido uma série de ficção científica foda jogada no lixo com um filme mequetrefe de 80 minutos.
Acho que o que mais me frustrou nessa sequência foi a quantidade absurda de oportunidades jogadas no lixo. A premissa é boa. Ótima, eu diria. Me lembrou muito a Lumon de Ruptura, a série da AppleTV+ (essa sim, boa que só ela), no aspecto de "empresa esquisita fazendo coisa ilegal". Mas os personagens são péssimos. As relações entre os personagens é esquisita. Quem não é branco só tá lá pra se foder. Nossa, uma série de problemas que parando para analisar agora é bem pior do que eu tinha pensado quando terminei de assistir.
O gore acaba estando em ambos os filmes por puro feitiche. Tem gente com braço amputado, tem tripa voando, tem larva comendo cadáver -- só coisa boa. E pra quê? Pra nada. Pra ~chocar o espectador~. Meu deus, que ranço.
No fim, foram apenas 3h muito mal gastas na minha vida e eu deveria ter mesmo era aberto o youtube pra ver Cinderela Baiana. Que, vamos falar francamente, tem uma Crítica Social Foda™ muito mais interessante que essa bomba da Netflix. Como um filme espanhol vai competir com a Carla Peres dando um lacre e dançando Melô do Tchan logo em seguida? Jamais será tão icônico.
ABSOLUTE CINEMA!!!
Enfim, minhas joias, por hoje é isso. Quem sabe num próximo post eu volte a realmente ter o que escrever ao invés de 870 palavras de puro hate contra filme ruim? Amanhã sempre será outro dia...
Artemyss, bibliotecária e cosplayer. Divide o tempo entre reclamar da vida e jogar Borderlands. Fotógrafa, trilíngue, shippeira e fangirl. Blog de opiniões pessoais e cotidiano com assuntos aleatórios. Atualmente está refém das amarras do capitalismo e não consegue mais fazer lives, mas está o dia todo procrastinando no BlueSky 🦋(+)
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